Busca sem resultado
jusbrasil.com.br
25 de Abril de 2024
    Adicione tópicos

    Associações articulam atuação sobre pedido de veto ao PL que altera a Lei de Introdução às Normas no Direito Brasileiro

    A vice-presidente da Anamatra, Noemia Porto, e o diretor de Prerrogativas e Assuntos Jurídicos, Luiz Colussi, receberam, na quarta (18/4), na sede da entidade, representantes de associações de juízes, membros do Ministério Público, auditores fiscais do Trabalho e de controle externo do TCU para discutir estratégias de ação em favor do veto ao projeto de lei 7448/2017 (PLS 349/2015). A proposta, de autoria do senador Antônio Anastasia, inclui no Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942 (Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro), “disposições sobre segurança jurídica e eficiência na criação e na aplicação do direito público”.

    As associações discutiram, quanto ao indicativo de veto, em ofício endereço ao presidente da República, à Casa Civil e ao Ministério da Justiça, que a tramitação da proposta legislativa não observou, como deveria, o adequado espaço de debate democrático. “Na única audiência pública noticiada no relatório da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, não foram ouvidos representantes dos tribunais de contas, do Ministério Público ou do Poder Judiciário, conforme já destacado em nota técnica produzida pela Anamatra”, alerta a vice-presidente.

    No pedido de veto, encaminhado às referidas autoridades, as associações ressaltam que a proposta legislativa, entre outros pontos, atinge as decisões judiciais, subvertendo a sua lógica, o que faz a partir da criação de um “regime de transição”, além de não especificar os legitimados para a eventual propositura de “ação declaratória de validade de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa”.

    Durante a reunião, as entidades discutiram os pontos mais preocupantes da proposta, entre eles a previsão parágrafo único do artigo 20, em razão de violação à independência judicial, que é princípio fundamental da Constituição Federal. A vice-presidente da Anamatra também concordou que a previsão do parágrafo segundo do artigo 26 reforça as dificuldades criadas para o devido controle de atos administrativos quando prevê a autorização judicial para celebração de compromisso, em procedimento de jurisdição voluntária.

    As entidades debateram ainda as inconstitucionalidades na proposta de lei relativamente à responsabilização dos agentes públicos. Neste ponto, o PL prevê que os mesmos respondam apenas por “dolo e erro grosseiro”, abrindo caminho para se tornar uma lei de impunidade. Na avaliação das associações, a mudança significa verdadeiro contorno à Lei de Improbidade, com artifícios para isentar de responsabilidade o agente.

    Ao final do encontro, os dirigentes articularam as respectivas atuações, considerando a necessidade de vetos pelo presidente da República para a preservação da ordem constitucional.

    O subchefe da Casa Civil, Gustavo Rocha, irá receber novamente as associações na próxima semana para tratar do tema.

    Fonte: Anamatra

    • Publicações5674
    • Seguidores630352
    Detalhes da publicação
    • Tipo do documentoNotícia
    • Visualizações35
    De onde vêm as informações do Jusbrasil?
    Este conteúdo foi produzido e/ou disponibilizado por pessoas da Comunidade, que são responsáveis pelas respectivas opiniões. O Jusbrasil realiza a moderação do conteúdo de nossa Comunidade. Mesmo assim, caso entenda que o conteúdo deste artigo viole as Regras de Publicação, clique na opção "reportar" que o nosso time irá avaliar o relato e tomar as medidas cabíveis, se necessário. Conheça nossos Termos de uso e Regras de Publicação.
    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/associacoes-articulam-atuacao-sobre-pedido-de-veto-ao-pl-que-altera-a-lei-de-introducao-as-normas-no-direito-brasileiro/568507502

    0 Comentários

    Faça um comentário construtivo para esse documento.

    Não use muitas letras maiúsculas, isso denota "GRITAR" ;)